Para produzir esta terceira leva de chafarizes históricos do Rio de Janeiro, a Olhos de Ver foi até o Rio Comprido, o Santo Cristo, Botafogo, o Passeio Público e o Jardim Botânico.
Nosso objetivo é registrar, divulgar e valorizar essas belas obras de arte que adornam praças e parques da cidade e que remetem a vários momentos históricos. Infelizmente muitas delas além de não serem percebidas por grande parte da população, são vandalizadas e saqueadas, uma prática comum nos grandes centros brasileiros.
Vamos a mais cinco exemplares!
Fonte dos Amores (Chafariz dos Jacarés) – 1783
Localizada no interior do Passeio Público, é uma das obras primas de Mestre Valentim. A fonte é composta por um tanque de cantaria e por peças em bronze, fundidas no século XVIII. O Chafariz dos Jacarés foi construído em um pequeno outeiro artificial, onde se encontravam originalmente três aves pernaltas que jorravam água pelos bicos. Na base, dois jacarés entrelaçados lançavam água pelas bocas para a bacia. Completava o conjunto um coqueiro em metal, retirado posteriormente, e o escudo do vice-rei D. Luis de Vasconcellos, esculpido em pedra Lioz. A Fonte dos Amores tem importante papel na evolução da arte no Brasil por representar a primeira tentativa de estilização de animais da fauna nacional.
📍Passeio Público. Rua do Passeio, s/n. Centro.
Chafariz da Praça Condessa Paulo de Frontin (Século XIX)
No centro da Praça no Rio Comprido ergue-se esta fonte em ferro fundido de autoria do escultor francês Auguste Martin (1828 – 1910). Originalmente ela era Instalada na Praça Barão de Drumond, em Vila Isabel, sendo transferida para seu novo endereço na segunda metade do século XX. O monumento possui motivos marinhos. Duas sereias e um tritão sustentam uma taça ornamentada onde vê-se um menino sentado no dorso de um golfinho.
📍 Praça Condessa Paulo de Frontin – Rio Comprido.
Chafariz da Praça Nicarágua, Botafogo (1883)
Sua confecção é atribuída à famosa Fundição Val d’Osne, na França, embora não haja registro no catálogo. O chafariz já esteve instalado no Largo da Mãe do Bispo (atual Praça Marechal Floriano), sendo transferido para a Praia de Botafogo em 1903, e para a Praça Nicarágua em 1924.
📍 Praça Nicarágua – Botafogo.
Chafariz A Fonte da Criança (Século XIX)
Fundida no Val d’Osne, a fonte é a única obra do escultor francês Henri-Frédéric Iselin (1826 – 1905) encontrada na cidade. Na base do chafariz veem-se golfinhos e plantas aquáticas sob uma concha que sustenta uma estátua de mulher, que por sua vez derrama água de um vaso em uma taça na mão de uma criança. A figura feminina chama a atenção pelas formas e vestes.
📍 Praça Santo Cristo – Santo Cristo.
Chafariz das Musas (1895)
Localizada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, esta bela fonte é obra do escultor britânico Herbert W. Hogg e foi confeccionada no final do século XIX, em Derby, Inglaterra. Trazida do Largo da Lapa para o Jardim Botânico em 1905, durante a administração de Barbosa Rodrigues, a peça chama a atenção pelas alegorias e figuras representando a Poesia, a Ciência, a Música e a Arte.
📍Jardim Botânico. Rua Jardim Botânico, 1008.
Quais desses chafarizes você conhece? Conte nos comentários!
📸: @alexandresiqueirafotografia e Leo Ladeira
© Olhos de Ver – Patrimônio Histórico Rio de Janeiro