O que restou do Solar Monjope, ícone do Neocolonial demolido nos anos 1970

O portão e o muro das fotos são apenas o que restou do belo Solar Monjope

O portão e o muro das fotos são apenas o que restou do belo Solar Monjope, que se erguia onde hoje está a Rua Gen. Tasso Fragoso, no Jardim Botânico.

O Solar era considerado o principal exemplar do estilo neocolonial no Rio e foi construído em 1928 por José Marianno Filho, diretor da Escola Nacional de Belas Artes.

No mesmo local onde existiu a Chácara da Bica, José Marianno ergueu o Solar Monjope, que exibia um rico acervo de móveis, louças, azulejos, cerâmicas em uma edificação com arcadas, avarandados, pátio interno, praticamente às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Durante décadas, Marianno garimpou de construções coloniais, especialmente no Nordeste, como engenhos antigos ou casas-grandes abandonadas, peças que usou para decorar e compor o Solar.

Demolição

O Solar Monjope foi demolido a partir de 1974, após disputa judicial empreendida pelos herdeiros de José Marianno contrários e a favor de seu tombamento. Apesar de imensa campanha do IAB e outros órgãos para tombar o imóvel, ele veio ao chão, em mais um exemplo de descaso das autoridades competentes em relação ao patrimônio histórico.

Hoje em seu local ergue-se o conjunto residencial Parque Monjope, composto por seis blocos de apartamentos, de cinco pavimentos cada.

O portão que sobreviveu à demolição é constituído de pedra e alvenaria, coroado por formas curvilíneas e um elemento decorativo no centro da composição.

📍Rua Gen. Tasso Fragoso, 33 – Jardim Botânico.

📸: Leo Ladeira (2023)

© Olhos de Ver – Patrimônio Histórico Rio de Janeiro

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