Casa da Marquesa de Santos, em São Cristóvão, encontra-se fechada e sem uso

Construção em estilo neoclássico foi presenteada pelo imperador D.Pedro I à sua ‘favorita’

Em São Paulo é Solar, no Rio é Casa.
A Casa da Marquesa de Santos, situada no Bairro Imperial de São Cristóvão, é um edifício em estilo neoclássico presenteado pelo imperador D.Pedro I à sua ‘favorita’, Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, que nele residiu por três anos.

Anteriormente denominado Palacete do Caminho Novo (provavelmente em referência à nova via de acesso ao Palácio de São Cristóvão para quem vinha do núcleo urbano da Cidade no início do século XIX), a Casa inicialmente em estilo colonial, foi ampliada em projeto de Jean Pierre Pézerat, arquiteto do imperador, e adornado com pinturas decorativas de Francisco Pedro do Amaral e trabalhos em estuque dos irmãos Marc Ferrez (não confundir com seu sobrinho, também batizado Marc, o famoso fotógrafo do Império e das primeiras décadas da República) e Zéphiryn Ferrez.

O belo palacete abrigou o Museu do Primeiro Reinado por três décadas. Fechado em 2011 para restauração, iria ser reaberto como Museu da Moda Brasileira, mas infelizmente está sem nenhum uso!

Na lateral do imóvel há placa indicativa de restauro, mas não há informação sobre prazo de entrega e reabertura do edifício.

Existe um interessante projeto gráfico que é um percurso virtual em 3D de todo o edifício. Vale a pena acessar e conhecer o palacete, ainda que virtualmente!

https://my.matterport.com

CURIOSIDADES

• A Casa da Marquesa de Santos foi também residência, por um curto período de tempo, de D. Maria da Glória (filha de D. Pedro I, irmã mais velha de D. Pedro II e futura rainha de Portugal);

• Posteriormente, foi comprada pelo Visconde (anteriormente Barão) de Mauá, que ali também residiu;

• Em São Paulo também existe o Solar da Marquesa de Santos (atual sede do Museu da Cidade de São Paulo), que comprou o casarão após regressar a São Paulo.

📍 Avenida Pedro II, 293 – Bairro Imperial de São Cristóvão

📷 @alexandresiqueirafotografia (2022)

© Olhos de Ver – Patrimônio Histórico Rio de Janeiro

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