5X Patrimônio RJ: Edifícios demolidos da Avenida Central

Na coluna 5X Patrimônio RJ de hoje abordaremos prédios da antiga Avenida Central que foram demolidos com o passar do tempo.

A Avenida Central (atual Rio Branco) foi inaugurada em 15/11/1905, com 30 prédios prontos e 85 em construção, pelo prefeito do então Distrito Federal Pereira Passos, nomeado pelo presidente Rodrigues Alves.

A ideia era transformar a capital do país em nova uma cidade. Queria-se criar uma cidade afrancesada, uma “Paris dos trópicos”.

As construções coloniais foram demolidas, dando lugar à avenidas largas. Com as reformas, cinco mil moradias foram demolidas, levando os moradores destas regiões a terem que se deslocar para os subúrbios e as favelas.

Logo nasceu um apelido irônico criado pelos cariocas para aquele período: o Bota Abaixo.

A Avenida Central, uma via ampla, com prédios elegantes, canteiros centrais e postes de luz elétrica, era o símbolo da Belle Époque carioca e representava a principal parte de um projeto de modernização da cidade do Rio de Janeiro.

Em 1912, ela passou a se chamar Rio Branco em homenagem ao Barão do Rio Branco.

Quase todos os edifícios originais da Avenida Central foram demolidos para dar lugar a outros mais altos e modernos.

Destacamos 5 que não existem mais:

01- Hotel Avenida
Situava-se entre a Avenida e o Largo da Carioca, e por décadas foi um dos mais movimentados pontos de encontro do Rio. Em seu térreo funcionava a Galeria Cruzeiro, com bares, cafés e leiterias. Tanto o hotel como a galeria foram demolidos em 1957, para dar lugar ao gigantesco Ed. Avenida Central.

02- Clube de Engenharia
Projetado por Raphael Robechi, localizava-se na esquina da Avenida com a Rua Sete de Setembro. O prédio foi demolido nos anos 40 e, em seu lugar, ergue-se a atual sede do Clube: o Ed. Edison Passos, inaugurado em 1957.

03- Ed.do Jornal O Paiz
Projetado por Adolpho Morales de Los Rios, ficava na esquina da Avenida com Sete de Setembro. Parou de circular em 1930, após ser destruído por um incêndio promovido por apoiadores de Getúlio Vargas .

04- Jockey Club
A antiga sede do Jockey Club foi inaugurada em 1913, na esquina da Avenida com a Almirante Barroso, em frente ao Clube Naval. Foi um dos grandes centros políticos da cidade por décadas. Ao lado do prédio do Jockey ficava a sede do Derby Club. Em 1932 os clubes se uniram e ambos os imóveis tornaram-se a sede do Jockey. No local ocupado pelos dois prédios hoje ergue-se o Edifício Linneu de Paula Machado.

05- Palace Hotel
Era considerado um dos prédios mais imponentes da Avenida. Poissuía oito andares e instalações luxuosas. Seu restaurante fazia grande sucesso. O Palace Hotel foi demolido na década de 1950; Em seu lugar hoje está o Ed. Marquês do Herval.

Já imaginou como seria a Rio Branco hoje com todos seus prédios originais de pé?

Obs: Não destacamos o Palácio Monroe, por este já ser bastante conhecido e divulgado.

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